Terapia de reposição hormonal

Saiba quando o tratamento é indicado e como ele é feito em homens e mulheres

A terapia de reposição hormonal (TRH) ajuda homens e mulheres na redução dos efeitos do processo natural de envelhecimento. As mulheres, em sua maioria, são as que mais sofrem nesta fase com o surgimento da menopausa. Já a reposição hormonal masculina é um tema considerado repleto de tabus e de dúvidas por homens, que na maioria das vezes, não buscam ajudam médica quando começam a apresentar os primeiros sinais de queda hormonal.

Esse tratamento não é capaz de interromper o processo da menopausa e da andropausa (homem), mas é uma forma de manter o nível hormonal do corpo feminino e masculino após sua queda devido à idade ou alguma doença. A terapia de reposição hormonal não possui um tempo de duração, daí a importância de acompanhamento médico durante o tratamento.

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Terapia de reposição hormonal feminina

Com a chegada da menopausa, o corpo da mulher passa a produzir os hormônios femininos estrogênio e progesterona em menor quantidade. As alterações típicas dessa fase são resultado desse declínio hormonal. Nem todas as mulheres precisam fazer a terapia de reposição hormonal — o tratamento é indicado para aquelas que têm sintomas moderados a intensos.

Porém, caso a terapia de reposição hormonal seja indicada, ela deve começar no climatério, fase da transição do período fértil para o não fértil. O tratamento não deve ultrapassar mais do que cinco anos e, em pacientes com contraindicação de TRH, alternativas podem ser oferecidas para contornar os sintomas da menopausa.

A reposição pode ser feita de diferentes maneiras: com comprimidos, géis ou adesivos aplicados à pele.

Os hormônios usados, a dosagem, a forma de administração e o tempo de uso serão determinados pelo médico, após avaliação criteriosa e levando em conta as necessidades individuais de cada paciente, bem como riscos e benefícios. A mulher deverá ser reavaliada periodicamente para ajuste da dose. Por conta dos riscos associados, o tratamento deve ser feito pelo menor tempo e dose possíveis. 

Quais são os benefícios para a mulher?

Os principais benefícios que a terapia de reposição hormonal pode trazer às mulheres são:

Alívio dos sintomas da menopausa

A terapia consegue reduzir a frequência e a intensidade do fogacho, as ondas de calor que surgem entre 60% e 80% das mulheres no período da menopausa. Este sintoma pode prejudicar a qualidade de vida e a rotina da mulher. O tratamento também melhora outros incômodos comuns dessa fase, como os suores noturnos e irritabilidade. 

Melhora da vida sexual

A terapia de reposição hormonal também ajuda a melhorar a satisfação sexual da mulher ao aliviar sintomas da menopausa, como ressecamento vaginal e dor durante o sexo. Esses sintomas atingem cerca de 45% das mulheres na menopausa. 

Prevenção da osteoporose

A terapia de reposição hormonal também previne a perda de massa óssea e reduz as chances de fraturas por osteoporose na pós-menopausa. 

Quais são as contraindicações?

• Presença de tumores que dependam de estrogênios, como os de mama e endométrio (camada interna do útero), em atividade ou prévios;
• Tromboembolismo agudo (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo);
• História comprovada de tromboembolismo prévio;
• Sangramento vaginal ou lesões do endométrio;
• Doenças cardiovasculares, em alguns casos;
• Lúpus eritematoso sistêmico;
• Doenças do fígado, principalmente quando a terapia de reposição hormonal é feita por via oral.

Há casos em que o uso da terapia de reposição hormonal precisa ser avaliado com atenção pelo médico. São eles:

• História sugestiva, mas não comprovada, de tromboembolismo já ocorrido;
• Obesidade, tabagismo, períodos de imobilização (por exemplo: após cirurgia) e presença de varizes de grosso calibre – são situações que podem facilitar o tromboembolismo;
• Mamas que, previamente, doíam antes da menstruação (mastopatia funcional);
• Miomas;
• Cistos de ovário.
• História familiar de câncer de mama ou ovário.

Mulheres que recorrem à terapia de reposição hormonal devem ser acompanhadas pelo médico. Logo após o início do tratamento, a paciente deve retornar em mais ou menos dois meses para ajuste das doses dos hormônios. Depois disto, deve ser reavaliada periodicamente, de acordo com orientação do médico assistente.

Antes e durante a terapia, devem ser pedidos anualmente os seguintes exames: mamografia, ultrassonografia de mamas (em casos de mamas densas), ultrassonografia transvaginal, exames de sangue — com dosagens das gorduras sanguíneas, provas de função hepática e dosagens hormonais — e densitometria óssea.

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Terapia de reposição hormonal masculina

A terapia de reposição hormonal masculina é indicada para tratamento da andropausa, a chamada menopausa dos homens, quando os níveis do hormônio testosterona começam a cair. Esse distúrbio hormonal surge no homem a partir dos 40 anos e é caracterizado pelos seguintes sintomas: diminuição da libido, irritabilidade, ganho de peso, disfunção erétil, perda de ereção matinal, diminuição do vigor físico, humor depressivo e, mais raramente, diminuição dos pelos do corpo e diminuição de volume e consistência dos testículos.

Ao contrário do que ocorre com as mulheres, a diminuição de produção hormonal masculina não determina o fim da fertilidade para o homem, mas apenas uma diminuição dela.

Nem todo homem precisa fazer terapia de reposição hormonal e, por isso, é importante consultar o médico para que sejam avaliados os sintomas e os níveis de testosterona e, assim, definir se será iniciado o tratamento para a andropausa ou não.

Benefícios da terapia de reposição hormonal masculina 

A terapia de reposição hormonal masculina traz diversos benefícios aos homens, como:

• Melhora da libido e ereção;
• Perda de peso e diminuição da gordura corporal;
• Aumento da massa muscular e da densidade óssea.

A terapia de reposição hormonal masculina é feita de acordo com orientação médica e pode incluir diferentes vias de administração, como:

• Comprimidos;
• Gel transdérmico;
• Injeções intramusculares;
• Adesivos ou implantes hormonais.

O tratamento, dependendo do caso, pode durar a vida toda.

Entre as contraindicações da terapia de reposição hormonal masculina está a suspeita ou caso confirmado de câncer de próstata ou de mama masculino. Por isso, antes de iniciar o tratamento hormonal, o homem deve realizar exames para detectar presença de câncer de próstata, mama ou testículo, doenças de fígado e problemas cardiovasculares.

Além da terapia, uma mudança nos hábitos de vida, como ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, não fumar, não consumir álcool em excesso, reduzir o consumo de sal e de alimentos gordurosos pode ajudar a aliviar os sintomas da menopausa e da andropausa.

Para saber se a terapia hormonal é uma opção de tratamento adequada para você, entre em contato com a Dra. Kellen Reis.

Fontes:

Pfizer;

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo;

Sociedade Brasileira de Urologia.